A VIAGEM PARA COLHER
A VIAGEM PARA COLHER
Viagem a negócios, a passeios, por obrigação,
na maionese e para a morte.
São formas de viajar que qualquer um está sujeito
E a qualquer época de ou não na sua vida.
Na última hipótese não há necessidade da vida.
Quer queira quer não por uma destas alternativas
ou mais temos que passar.
Mas a verdadeira viagem é o retorno.
Mesmo no caso da morte.
Retorna-se na forma de memórias,
de húmus nas plantas e para alguns em outro corpo.
Tento só fazer o bem, sem olhar a quem.
Se não ajudo tão pouco atrapalho.
Sou recompensado, sempre.
Deus dá-me a vida.
Quem faz melhor colheita?!
Quem planta vento colhe tempestade. Será?
Lógico que não, pois colher significa
arrecadar, juntar, angariar, arrebanhar, reunir
e o que assim se arrebanha é dádiva Divina
que pode até ser vento,
mas na forma de brisa que refresca o calor,
que seca o excesso de umidade dos grãos colhidos,
portanto, assim não é tempestade.
Outra colheita maravilhosa é de penca de amizade.
Por que não penca de banana?
Também balaiada de sorriso.
Por que não balaiada de milho?
Por que não tonelada de trigo?
Tonelada de amor!!!!!
(maio/1995)