CADÊ O ZÉ?

CADÊ O ZÉ?

(Uma continência de saudades cheia de perguntas, numa prosinha rápida)

Onde está o seu Zé?

Mas, qual é o Zé?

É o Zé coxo?

O Zé do pinto?

Irmão do roxo?

O Zé da dona Neuza?

Com Z ou com S?

A Neuza Orlandi?

Funcionária do INPS?

Vovó muito zelosa?

Medianeira dos doentes?

Filha do pai Feitosa/

De muitos parentes.

Mas, qual é o Zé?

O Zé da pinga?

O Zé da Sula?

O cabeça de moringa?

O Zé da bronha?

O Zé das meninas?

Do edifício Bolonha?

Zé, o porteiro?

Zé, o querido?

Zé, dos coleiros?

Dos sabiás e tiés?

O Zé da vizinha?

Da Miliolli e da Fininha?

O Zé Lock?

O famoso Zé?

Da Maria bodoque?

Zé, pai do Beto?

Do Lei e do Paulinho?

Pai do Sandro?

Secretário e tersolinho?

Mas, cadê o Zé?

O Zé, o seu Zé do farol?

O Amigo do Pia?

E da Mariasa centaura?

O Zé, amigo do Ademir?

Paixãozinha da Áurea?

De bustos avantajados.

Para o pequeno sorriso.

Do federal delegado.

Em férias merecidas.

No farol coitado.

Devidamente acompanhado.

Deste inspetor poeta.

Da PF, quase embriagado.

Mas, cadê o Zé?

O Zé bom rezador.

De rede nos lagos.

A pescar e tomar banho.

Pra baixar a fervura.

Do santo soro caseiro. (cachaça)

Esse remédio é uma loucura.

Pode-se morrer ligeiro.

Ouviu Zé! Quero-te derradeiro.

Pra tomar o último trago.

Contigo, amigo fiel e companheiro.

Sargento e Amigo Zé.

Sou teu devedor pela TV e pela vida.

Meu prestimoso escudeiro.

Mas, quem é esse tal de Zé?

Eu sei quem é, mas não digo.

Sabem por quê?

Porque esse Zé,

Foi meu comandado e sargento amigo.

Eráclito Alírio.

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 23/11/2006
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