“Sem atos... Com efeitos!”.
Evasivo... O dia de domingo
Não bendisse à que veio...
Parecia cheirar a naftalina...
Chegou sem acontecer
Embaçado, sem rodeios e sem me ver.
Ele vai embora, pela mesma porta.
Depois de permear entre as horas
E tombá-las... Ele embarca em nuvens
E prometidos novelos de tempo feio
Quisera ter ido também
Sem olhar pra traz...Reabrir
As janelas e segurar suas mãos
Meus anseios não conte-los
Partir em afinidades de uma noite de chuva
Repartir desafios içados pela censura
Competir em desfiles de amenidades
Permitir que a ternura falasse pelos cotovelos
Em uma noite de chuva!
E numa noite de chuva, desposar todas as manhãs.
Sem nenhuma palavra estranha, tatuar as lembranças.
E depois existir com elas...Sutilmente!
Sendo sua sombra e propriedade!
E entre um por do Sol...E um novo dia
Acordar as paisagens...
Devorando uma reticente ansiedade
Declamando poesia, num travesseiro.
Enluarado e perfumado de miragens
Que sonhou o mundo e suas afinidades!
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23/05/2011