SEMENTES ESPALHADAS
31.07.05.
Um dia, publicados meus textos, não verei mais a cor da caneta
usada, o peso de minha mão esquerda nem meu tipo de letra usado
no dia; não poderão os papiloscopistas (meus leitores prediletos)
traduzir nada além daquilo que é óbvio a qualquer mortal. Como
ficarão monótonas minhas desafinadas notas e inodoras as flores que
cultivei.
Meus papéis são áridos e baldios terrenos; minhas
canetas, foices e enxadas e meus textos, sementes espalhadas...