SEMENTES ESPALHADAS

31.07.05.

Um dia, publicados meus textos, não verei mais a cor da caneta

usada, o peso de minha mão esquerda nem meu tipo de letra usado

no dia; não poderão os papiloscopistas (meus leitores prediletos)

traduzir nada além daquilo que é óbvio a qualquer mortal. Como

ficarão monótonas minhas desafinadas notas e inodoras as flores que

cultivei.

Meus papéis são áridos e baldios terrenos; minhas

canetas, foices e enxadas e meus textos, sementes espalhadas...

Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 21/05/2011
Código do texto: T2983621
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.