Preso no Planeta Terra
Homem da cidade grande muitas vezes acorda no tremeluzir dos faróis dos carros se irradiando na fina espessa cortina branca chamuscada de poluição.
Em sua disfasia o enregelado coração palpita a sensação de insegurança, ora pelos bandidos belicosos rondando os bens juntados de forma honesta, vil, carcomida e iludida de sua carreira montada as duras penas na época de sua juventude, mas há momentos em isto é esquecido e o medo do além torna sua alma troncha e enregelada.
Não há fugas, não há mantras e nem religiões que podem afagar a dor d´alma, da incompreensão do mundo vil.
Melhor fosse dar um coice no leão que vem nos devorar e criar uma sociedade no interior de Mato Grosso, viver da caça, da pesca e da agricultura, ligar-se a imensidão de estrelas atapetando o céu noturno.
Ouvir a radiotransmissão jupteriana e mesclar-se na paz do cosmos e sem medo de renascer sempre, sempre e sempre...
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