VINDIMAS ÁGRAFAS

Pressinto as palavras no tempo das culturas ancestrais do vinho quando os versos eram sorvidos e deliciados na fermentação das emoções numa época em que a escrita era apenas uma cepa grávida de folhas e frutos. O pensamento que se reproduziu em tantas bocas e se perdeu desfolhado às margens do esquecimento. O vinho derramado no solo dos versos, o êxtase reencontrado na busca arqueológica de uma poesia distante, a embriaguez dos tempos decantados...

Helena Sut
Enviado por Helena Sut em 22/11/2006
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