O PAPEL E A CANETA
15.12.1994.Busco como de costume o papel e a caneta, os pensamentos constantes e precisos, a mão esquerda, um pouco de siso com pés fincados no chão do planeta, para expor, quem sabe, apenas para mim mesmo, ainda que do inconsciente, desejos que não se alteraram pelo tempo; seus beijos e essa vida a esmo. Seguro de que o passado foi ontem; quero agora o Sol core minha pele e quando vir a chuva, toda minha parca fiúza repelirá tais gotas anuviais que tentarão encharcar-me.
Esse lugar (qual?) quem sabe seja até belo. Fico curioso nessas deformidades, nesse sangue vermelho, nesse reflexivo espelhar.
Quão santo defeito ser assim altivo, alternativo e soberbo...