NO PRINCÍPIO, TUDO ERA NOBRE, ATÉ A MAÇÃ!
15.12.1994.
 
 
   Já não me prendo à força motriz que insiste em mudar meus passos a rumos diversos.
   NO PRINCÍPIO, TUDO ERA NOBRE, ATÉ A MAÇÃ!
   Passeios intermináveis nas galáxias de sonhos juvenis, desfeitos em ruínas milenares de um dia só; construções incas, incapazes, que projetávamos e carregávamos intransigentemente no depósito de acúmulos e absurdos.
   Já não me cansa dispor dos sonhos...
   O tempo, a maresia, a ferrugem...
   Até mesmo a ilusão das letras vagando no par de olhos da concepção e entendimento das árvores que balançam seus galhos flexivelmente no vento que sumiu num reflexo espectral de um espelho estilhaçado em cacos feridos no restante de fagulhas que ainda aqueciam sonhos que se acumulavam no ímpeto de ser aquilo que chamam de “normal”; como se arte e tecnologia passassem a caminhar num único passo, militar desfile sem troca de pernas em direção ao abismo.
 
 
Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 18/05/2011
Código do texto: T2979076
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