[A Conclusão]
Na madrugada, estrelas caídas no horizonte,
e a pálida lua fria sobre os meus lençóis.
Ergo-me, espalmo as mãos na cama,
e defino-me: estou só, e devo partir.
Estou diante de mim apenas,
estranho até a minha respiração,
estranho também este desejo
de ti a estas tardias horas.
A conclusão? O meu corpo sofre,
o meu espírito busca outra estação:
antes que o orvalho da noite
se evapore da poeira da estrada,
e ao primeiro canto do galo,
é tempo de partir... partir só!
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[Penas do Desterro, 18 de maio de 2011]