Chuva prateada
A realidade descortina-se sob a nervura de um véu, negro e  delicado
compondo um painel chamuscado de claridade,
O vento se acomoda nos ombros do vazio absoluto,
chacoalhando folhas de metal;

Copas verdejantes murmuram;
Descarga ígnea, primária, pletoram em tensões elétricas,
Refletindo-se no espelho noturno;
Gotas de chuva caem apressadamente,

O vento erode pacientemente as horas,
Uma chuva prateada de cometas irrompe clareando os labirintos da noite;
Ar ubíquo alisa os objetos como num anátema do universo;
Exosferas rarefeitas, amalgamadas como numa seda fina;
Labareda
Enviado por Labareda em 18/05/2011
Reeditado em 03/11/2016
Código do texto: T2977063
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