NESGAS DE SOLIDÃO 

Elas insistiam em fazer-me companhia
Malditas nesgas de solidão
Ainda que eu corresse livre pelas cercanias
Cantando, misturando minha voz aos sons do sertão
 
Nada as impediam de seguir-me
Nem mesmo os frios raios de luar
Ou o calor causticante do sol firme
Era tudo muito singular
 
Um dia sentei-me aos pés de um tamboril
De longe avistei um solitário cavaleiro
Ao aproximar-se vi...era um senhor senil
Que apesar da idade era lampeiro
 
Apeou de seu cavalo ligeiro
Com a destreza de um jovem
Um cavaleiro cavalheiro
Percebi que estava de passagem
 
Cumprimentou-me...minha mão beijou
Emocionou-me aquele gesto amável
Tão em desuso ultimamente...me cativou
Conversamos  e como foi agradável.
 
Consegui assimilar alguns conselhos
E Quando me dei conta
Ele partira deixando meus olhos vermelhos
O destino comigo apronta!
 
Voltei à minha solidão
Mas com uma certeza infinda
Foi um anjo do sertão
Que alegrou a minha vida








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Stéla Lúcia
Enviado por Stéla Lúcia em 17/05/2011
Reeditado em 01/09/2011
Código do texto: T2975474
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