imagem/nuray engin
(Líricas de um Evangelho Insano)
Não borre a noite
ela diz da escuridão
a contrapor as pinceladas da claridade
Enquanto a palavra revoa
não há superfícies
há medo do intocável pelas mãos
As moradas enfileiram-se apagadas..
Os telhados fragmentados quebrados
as janelas craqueladas
dos cortinados balouçantes
salpicam a teia dos fios
do tecelão mais hábil ...
Um sutil perfume exala de suas paredes
um musgo bolorento encobre o festim das larvas
Tudo se remoinha na inquietação
um vendával reflui de seus rios
os cabelos esvoaçam caem
imenso é o desejo daquela paisagem nua
que dança no tempo das lagartas
O ser que ali habita é um ser de desejos
Ele irá bater de porta em porta
àbuscar incessantemente respostas...
Tudo deserto
o vento revoando cáustico
desfolha a escuridão
A cidade é fechada
Nenhuma cidade acesa
senão aquela que me habita
Em que porta baterei eu senão na minha?.
O que me guarda dentro de mim
que este incontido regato escapa-me pelos olhos?...
Nenhuma resposta me vem de fora
Nada sabes dizer de mim
A tocha acesa ilumina o bisonte e a ave
me espamo com as línguas de fogo
que tonalizam as chamas
perco-me em ouvir -TE-ME
sonoros ecos respingados dos Teus passos
quebram-me as luas
no escuro lago desfiados... !!!
(Líricas de um Evangelho Insano)
Nenhuma cidade acesa senão aquela que me habita.. Em que porta baterei eu senão na minha?. O que me guarda dentro de mim que este incontido regato escapa-me pelos olhos?...
Nenhuma resposta me vem de fora!!!
Nenhuma resposta me vem de fora!!!
Não borre a noite
ela diz da escuridão
a contrapor as pinceladas da claridade
Enquanto a palavra revoa
não há superfícies
há medo do intocável pelas mãos
As moradas enfileiram-se apagadas..
Os telhados fragmentados quebrados
as janelas craqueladas
dos cortinados balouçantes
salpicam a teia dos fios
do tecelão mais hábil ...
Um sutil perfume exala de suas paredes
um musgo bolorento encobre o festim das larvas
Tudo se remoinha na inquietação
um vendával reflui de seus rios
os cabelos esvoaçam caem
imenso é o desejo daquela paisagem nua
que dança no tempo das lagartas
O ser que ali habita é um ser de desejos
Ele irá bater de porta em porta
àbuscar incessantemente respostas...
Tudo deserto
o vento revoando cáustico
desfolha a escuridão
A cidade é fechada
Nenhuma cidade acesa
senão aquela que me habita
Em que porta baterei eu senão na minha?.
O que me guarda dentro de mim
que este incontido regato escapa-me pelos olhos?...
Nenhuma resposta me vem de fora
Nada sabes dizer de mim
A tocha acesa ilumina o bisonte e a ave
me espamo com as línguas de fogo
que tonalizam as chamas
perco-me em ouvir -TE-ME
sonoros ecos respingados dos Teus passos
quebram-me as luas
no escuro lago desfiados... !!!