Ampulheta

Infindável tempo, que se torna finito, o que fazer quando o último grão de areia cair? Doce ilusão atemporal de soberania imortal. O tempo se esgota, se esvai tão sutilmente, lentamente correndo pelas veias, amortizadas pelo veneno da dormência coletiva. As células morrendo a cada dia, e a mais pura negação, onde se diz que se está amadurecendo...

Pessimista demais? Não. Apenas percebendo que o mundo continua girando em seu compasso de passos largos, e todo mundo continua rodopiando às cegas, tateando em busca da sobrevivência....

Só resta ficar de olhos bem abertos, e esperar o momento em que a ampulheta girar.... e o tempo começar a ser contado novamente...

Adriana A Bruno
Enviado por Adriana A Bruno em 15/05/2011
Código do texto: T2970779
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