Simbiose

No negro suas raízes crescem...

Deslizam sabiamente no útero do Mundo

Percorre cada palmo, sem olho, só sente.

Sente toda a vida oculta a se apossar dos tecidos

Ajudam-se, alimentam-se, aderem-se como um só.

Mostram que do escuro também dá-se a luz

E que a Mãe Terra sempre ampara bem suas crias.

A semente espera pacientemente sua metamorfose.

Ao se abrir eleva-se, pensa se lá é o céu

Não sabe se é o fim ou o começo...

Enxerga um fiapo de luz, nasce de novo.

Pensa quanto de asas verdes falta

Pra chegar no azul.