Meio sorriso

Viva o meio-sorriso que não sai da sua boca, viva todo o esforço feito para não parecer vulnerável.

Mas me desculpe, eu não passo fome.

Me lambuzo do fundo do poço, com o que posso e espero que o dia amanheça de novo.

Me alimento do momento mas não me supro com o superficial, com o carnal.

Eu quero o contato de almas, quero descer do ceu até o inferno sem nenhuma parada no meio-termo. Do quente ao frio sem nem passar pelo morno.

Doses homeopáticas de realidade é suicídio diário. O conveniente já não me satisfaz mas a verdade quando liberta alguém destrói outrém.

Soque verdades por minha goela a baixo. Eu aguento.