Uma obra ao acaso
Uma lata de tinta
Na parede da quinta
Uma obra desenha
Sem que ninguém tenha
Ganhado laurel
Não houve pincel
Nem teve artista
Contornos conquista
À mercê da sorte
Tal qual uma nuvem
À imaginação convém
Sugere um elefante
Ou silhueta elegante
Um homem em pranto
A criança em um manto
Respingos no chão
Denotam emoção
Choraria o pintor
pois a lei da gravidade
manchou sua vaidade
deixou sua assinatura
na tinta que correu ranhuras