Uma obra ao acaso

Uma lata de tinta

Na parede da quinta

Uma obra desenha

Sem que ninguém tenha

Ganhado laurel

Não houve pincel

Nem teve artista

Contornos conquista

À mercê da sorte

Tal qual uma nuvem

À imaginação convém

Sugere um elefante

Ou silhueta elegante

Um homem em pranto

A criança em um manto

Respingos no chão

Denotam emoção

Choraria o pintor

pois a lei da gravidade

manchou sua vaidade

deixou sua assinatura

na tinta que correu ranhuras

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 13/05/2011
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