POEMA A QUATRO MÃOS
Célio Govedice & MHelena Sleutjes
Te procuro nos elos perdidos da noite
Como quem procura um porto
Sondo as estrelas e elas nada me revelam
Fadas e querubins desfilam entre nuvens
Como se fossem pássaros cambiantes
Vago pelas nuvens sóbrias e pesadas
Diviso as ruas de concreto que cobrem a terra
Já coberta de sombras que me calcinam a alma
Espero ansioso pela vinda dos cometas
E nada vejo que não sejam dores
O látego do desejo me fustiga
Derrama doce mel em minha boca
Assento-me na relva molhada como um velho peregrino
E perco meus sentidos na vastidão dos buracos negros sem luz do céu
Como um ébrio que não vê saída
Acompanho o caminhar da lua na solidão de todas as pessoas
Bebo do silêncio dos astros da noite circular dos desejos reprimidos
Um pirilampo aparece e desaparece como um letreiro luminoso
E nada muda
No entanto, espero
Mantenho a esperança porque a espera é um caminho
A par disto
Confesso algum desespero...
Trago as mãos frias como o gelo das geleiras
e os olhos eternamente úmidos.
Célio Govedice & MHelena Sleutjes
Te procuro nos elos perdidos da noite
Como quem procura um porto
Sondo as estrelas e elas nada me revelam
Fadas e querubins desfilam entre nuvens
Como se fossem pássaros cambiantes
Vago pelas nuvens sóbrias e pesadas
Diviso as ruas de concreto que cobrem a terra
Já coberta de sombras que me calcinam a alma
Espero ansioso pela vinda dos cometas
E nada vejo que não sejam dores
O látego do desejo me fustiga
Derrama doce mel em minha boca
Assento-me na relva molhada como um velho peregrino
E perco meus sentidos na vastidão dos buracos negros sem luz do céu
Como um ébrio que não vê saída
Acompanho o caminhar da lua na solidão de todas as pessoas
Bebo do silêncio dos astros da noite circular dos desejos reprimidos
Um pirilampo aparece e desaparece como um letreiro luminoso
E nada muda
No entanto, espero
Mantenho a esperança porque a espera é um caminho
A par disto
Confesso algum desespero...
Trago as mãos frias como o gelo das geleiras
e os olhos eternamente úmidos.