Suplício de uma louca num reino distante...
Eu sou o vento que sopra o cheiro das flores
Sobre os manicômios da selva de pedra
Eu sou o folclore que assusta destemido,
Flora e fauna de Gorobixaba
Eu sou a imagem do grito do inocente
Sobra a mesa de sacrifício da magia branca
No reino de Gorobixaba.
Você não me escuta, você nem chega a lembrar
Das tristezas de outras terras
Você consegue me seguir e ouvir meu som?
Você não reflete o balanço das ondas!
São as ondas de meu país...
Eu só consigo rir do seu pranto
Que não foi, nem é, nem será...
Eu sou um piercing de ouro na orelha
De uma ruiva Gorobixabense
Eu sou o pólen da primeira flor nascida
No Éden do meu reino encantado
Sou o sangue que corre por entre as veias do vampiro
Eu sou o cheiro do poema de angústia e desilusão
Meu olho te olha, mas você não pode nem sequer me vislumbrar
Você não sabe como é viver no meu mundo
Não tenho opção, mas não vou te descartar como um dentre tantos
Pois sou mulher de força e luz, de amor e ódio ao ódio
Eu sou a última gota de álcool socorrendo um apaixonado
Nos botecos gorobixabenses
Quem não amou a sutilidade de meus versos?
Quem não sofreu com meu desespero desconexo?
Nunca pertenceu a meu reino...
E você? Pertence?...