De tudo, um pouco.
Não direi das flores.
Elas, por si só, já significam vida, perfume, sentimento.
Direi do âmago exuberante
que ama, sofre, goza e irracionaliza-se.
De tudo, um pouco.
Daquele adeus que foi necessário
para que o espaço fosse oxigenado.
Da Lua cúmplice
que prateou a nudez da carne em chamas
Da água pura que lavou o despudor
como se o abençoasse.
Direi dos beijos
que atingiram píncaros
e saltaram abismos
desenhando na pele tatuagens mágicas.
Então, direi dos gemidos.
Dos sussurros, promessas e tratados.
De tudo um pouco.
Do explorar moroso
que explode a razão
esparramando odores para todos os lados.
E das juras eternas
que de tão belas,
aqueceram o sangue
fervilharam entranhas
deixando o coração sem sentinela.
E do pouco de tudo,
direi do amor que
acendeu a chama
com tal intensidade
que fragilizou a guarda
tornando presa,
confessa, a saudade...