(Líricas de um Evangelho Insano)

Sonha com o óbolo dos deuses
e vive o gozo dos mortais...
Caminha nas  sombras
 do próprio fóssil
a terra se revolve quando ele passa
não o redime
tem fome dele
e dentro dele perdeu-se do
próprio lugar
Equivocado sempre equivocado
lancina seus acordes  quais urros
é  adultero em constante mutação
glosa de si diante do tempo dos espelhos
sorri pelas conquistas com  seus dentes alvos
não enxerga a própria goela escura
Aonde caminhará  esse viajante?
Nu cai da árvore como a folha e o fio de cabelo
 Na flauta o eco sobrevive
 o  corvo não lhe come  a voz!



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