RASCUNHO

Todo verso que escrevo

É um rabisco tortuoso

É o rascunho do mundo

Que se defronta comigo

As várias nuances se formam

Disformes e sem estética

A cada alvorada surgem

Como os arrebóis desvanecem

São névoas crepusculares

Nascem, crescem, esmaecem

Voltam com outro semblante

E aquilo que escrevi

Não reconheço jamais

Estilhaços de uma vida

Sem estilo ou modelo

Acorrem direto ao caos.

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 07/05/2011
Código do texto: T2955395
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