Numa 4a Feira de 2006!

(Tentando contar uma história)

Distante de casa, do mar ,do sol estava.

O cativeiro de cimento sobre cimento, tijolo sobre tijolo tentava

ousadamente atingir o céu.

Os dias eram cinzas e a chuva constantemente batia chorando na janela.

O sufoco engasgava na garganta.

Uma vontade louca de voar daquele silêncio que berrava

sem ecos, sem qualquer resposta, sem qualquer melodia.

Não havia saida naqueles instantes

nem a possibilidade de voltar aos dias sorridentes de outrora.

De repente, surpreendo-me a escrever sem parar

fazendo nascer num dia qualquer 4aFeira.

Em momento algum houve intenção de a algum lugar chegar

somente aconteciam letras,frases,pensamentos jorrando nas mãos

escorrendo sofre folhas e folhas que voavam...

Parecia que eu queria desvendar os mistérios do mundo

sem esquecer no entanto da poesia.

Para abordar alguns temas, debrucei-me em pesquisas.

Era preciso maior conhecimento.

Deixei livre a palavra aos reais sabedores no campo da História.

Impressionante a poesia de uma judia na "Estátua da Liberdade ",

a pontualidade dos comandos do Big Ben em relação ao mundo

e tentativa de desvendar a História do Universo.

Tudo isto nas mãos sonhadoras de Yago Pochenko ,Luna Poetry e Marithe

que deixavam livres as asas da alma-poeta.

Introdução

Poderia ser 5a, 6a...não importa,

escolhi começar na 4a Feira,não que hoje seja...

Mudando rumos noutros mundos não me vendo mais poesia,

não que em mim cale a poesia.

Os olhos acordam para um novo amanhecer,aquele amanhecer que nunca termina

nem acaba depois do ponto final.

A poesia resume o universo na sua grandeza

enquanto o cisco de areia voa povoando novos mundo

criando,abrindo novos chãos...

As células se multiplicam ,se transformam,brincam com a vida

gerando mil outras vidas sem conter linhas,

ultrapassando todos os horizontes...

O poeta Otávio Coral afirma:

"Em tudo, por maior que seja a busca e a apresentação, está a poesia.

Ela transcende a tudo."

Mesmo concordando, me questionando sobre esta introdução

ousei mante-la e continuar minha história.

Capítulo 1

Há mais de 2000 anos eu não existia,as 4a feiras sim...

ou outras formas de designarem os dias que vão correndo até encontrarem

comigo neste dia que reinicia, neste agora com lembranças ,histórias de outrora.

Não sei bem onde quero pisar ,adentrar .

Só sei que quero deixar as letras da imaginação livres

pelo cosmo, pela evolução do homem,

com perguntas sem respostas definitivas...

eu não poderia, ainda mais crendo que nada termina.

Se parto da evolução do homem, não creio em mudanças outras

da imagem,mas no crescimento infinito da mente,na capacidade intelectual.

É preciso criar personagens ,paisagens para o nascer de uma história.

Lembro-me, quando uma vez tentei escrever um livro, eu participava como

personagem também, para melhor interagir semeando idéias ,

gerando confrontos mais reais sem abandonar o mundo das fantasias.

Yago Pochenko, grande pensador,

verdadeiro filósofo gostava de meditar e andar

pelas intermináveis Muralhas da China...

Mas, porque dei este nome ao meu personagem

quando poderia ser tantos outros?

Creio ,pela mesma maneira que escolhi 4aFeria para virar uma história.

Pochenko tinha dons sobrenaturais de ver o passado ,juntar o presente

e desenhar o futuro .Por outro lado se quero voltar fundo no passado

mergulhar no universo ele está mais para Adão.

Luna Poetry, não sei bem ,se sonhadora ,estrela ou galáxia

sempre a inspirar a amplidão e como Yago, quem sabe melhor seria

a Eva do Espaço atual?

Yago Pochenko,vendo minha indecisão,

enraivecido com meu abuso largou mão do silêncio

e com sua voz grossa e olhar penetrante falou:

-Marithe, jamais Adão ou Eva nesta história,

são somente as primeiras sementes

para desencadear gerações segundo a bíblia.

Não existem pensamentos ou propósitos pessoais

para este ou aquele crescimento.

Uma costela se fez mulher e uma simples maçã

acordou o sexo, o desejo entre os homens.

Tente conter esta sua impulsividade de se lançar nas letras sem um projeto,

sem um objetivo real.Quem sabe se assim pensar algo aconteça e

a final de contas, hoje é realmente quarta feira.

- Você tem razão Yago, hoje é realmente quarta feira

e eu ainda não sei se sou escritora.

Capítulo 2

Luna Poetry, sem definição, perdida no espaço sem encontrar seu próprio eixo.

Perguntas batiam a sua porta, quiçá sua mente.Teria mente?

Sou gente, mulher, estrela ou galáxia?

Mulher pensa, tece sonhos acordando poesias .

Estrelas e galáxias pensam, conversam, sentem, amam ?

Por mais que vague neste emaranhado de interrogações,seja lá o que sou

mulher,estrela ou galáxia sei que tenho vida, me comunico...

e se caminho dentro da lógica, existo plena, penso e amo

sem importar a forma que existo, que outros olhos me vêem.

Um dia cadente estrela, sol girando em torno da terra

ou galáxia de mil braços coloridos se abraçando.

Muitas vezes me sinto lua tão cheia de momentos crescentes,

decrescentes ou transbordando sorridentes claridades sobre a Terra.

Se me visto mulher, me visto de emoção,

e as mãos são tão lentas para acompanhar os pensamentos,

definir a pura essência que voa em tantos campos sem encontrar um porto.

ventos dos tempos

disparo no voar das folhas

nas finas laminas caindo na grama

no vento que com elas dança

no trigo dourado que balança

entro nesta contradança

desabafo sentimentos-emoções errantes

escrevendo letras estonteantes

nas curvas

e nos horizontes

debruço no tempo

tento deter os ponteiros da vida

vejo metas e sonhos correndo

nos vendavais das estrelas

na poesia que venta sedenta

no declínio da luz

nos fragmentos da lua

nas ondas,nos escorregar das maresias

gravando nas rochas

as folhas da nossa história.

Maria Thereza Neves

Capítulo 3

Yago não deseja mais escutar Marithe e também não é porque gosta

de andar nas muralhas que escreverá sobre elas ou sobre a China.

Marithe tem na memória passagens marcantes neste país e ele

ficaria preso a pensamentos,viagens ,não dele.

O inexplicável sempre com ele acontece, aquele lugar o fascina ,

aquela única estrela ,muitas vezes a enigmática lua.

Ele era natural de Ykuste,Rússia onde existe o lago mais azul

que o próprio céu, bem no centro da Sibéria.

Região voltada a grande espiritualidade e a meditação.

Incansável a procura do saber tudo lia tentando captar mínimos detalhes

em todos os campos da ciência , da literatura e da música.

Hibernava conhecimentos para depois construir caminhos,

equações ou formular teses,hipóteses.

Sempre dizia a se mesmo;

nunca, jamais será tarde para sonhar os meus sonhos.

Naquele hoje arranca dos pensamentos a estrela e a lua

tem sede de voltar ao Big Ben e os laços que o une a Estátua da Liberdade

senta nos ponteiros do relógio do tempo

para discutir com os personagens daquela história e os dias de hoje.

Arquiteturas tão diferentes,linguagem semelhante, pronuncias tão distintas.

Rainha e burgueses unidos a um povo com tantas misturas de raças ,porque seria?

Era preciso muito pensar para chegar a um raciocínio coerente

dentro deste encontro tão sem lógica dentro da visão de Pochenko.

Lembra que ninguém conhece uma cidade mais pontual que Londres. Fundada há

mais de 2 mil anos pelos romanos

e em 1066 tornou-se capital da Inglaterra depois de ser invadida pelos

normandos, vindos do norte da França

e liberados por Guilherme, o Conquistador.

Big Ben é responsável pela sua fama de pontualidade :o relógio mais precioso

do mundo, desde 1859,

marca as horas oficiais não só do país, mas do mundo inteiro.

É referencia para os demais que calculam as horas a partir do horário

oficial do meridiano de Greenwich, que passa pela Inglaterra.

A torre onde fica o relógio se chama Torre de Santo Estéfano e tem 98 metros

de altura. Ela é retangular e espichada para cima, com o topo em forma de

pirâmide, onde fica o Big Ben.

O sino do relógio pesa nada menos que 13 toneladas!

Quem projetou o mecanismo do Big Ben e o desenhou foi Edmund Beckett

Denison. Em 1956, o relógio andava meio avariado e começou a atrasar como

todos os relógios. Naquele ano, o Big Ben passou por um conserto e voltou a

ser o relógio mais preciso do mundo.

Os ponteiros do relógio são bem grandes: o das horas tem dois metros e

setenta centímetros e o dos minutos, quatro metros e trinta centímetros.

A torre do Big Ben faz parte de um conjunto de construções às margens do

Tâmisa, um rio que passa pelo meio de Londres. Uma dessas construções é o

Palácio de Westminster, onde funciona o Parlamento da Inglaterra. É lá que

os políticos ingleses trabalham.

Mas o Big Ben não é a única atração de Londres... Você se esqueceu que a

Inglaterra tem uma rainha e, portanto, um palácio? E que ela também serve de

cenário para as aventuras do bruxinho mais famoso do mundo?

É impossível falar em Londres sem lembrar do bruxinho Harry Potter,

personagem inesquecível da escritora inglesa J.K.Rowling, autora da série de

livros infantis mais vendidos do mundo. Lembra quando Harry é levado pelo

gigante Hagrid para comprar seus livros para a Escola de Bruxos de Hogwarts?

Ele entra em um dos famosos pubs (bares) londrinos, e por uma passagem

supersecreta entra em um mundo de fantasia.

O Palácio de Buckingham, onde mora a família real, foi construído em 1705, e

só foi aberto ao público em 1993. Os visitantes curiosos podem dar uma

olhada em cerca de 80 salas, como a Sala do Trono e a Sala de Jantar Real.

Durante o verão, todo mundo quer dar uma olhadinha na troca da guarda em

frente ao palácio: isso acontece diariamente, durante o verão, às 11h30,

menos nos dias chuvosos.

A Torre de Londres é outro passeio pela história dessa capital inglesa: a

Torre foi construída pelos normandos nas margens do rio Tâmisa. Durante o

reinado de Henrique 8º, a torre virou uma prisão. Hoje ela é residência dos

guardas e cofre das jóias reais.

Perto da Torre fica a London Bridge, a ponte de pedra mais antiga da cidade,

que tem uns 800 anos! Além disso, Londres é uma cidade com museus sobre tudo

quanto é assunto: Museu da Guerra, Museu dos Transportes e até Museu das Prisões!

O British Museum (Museu Britânico) é um passeio imperdível! Construído em

1857, ele possui uma das maiores coleções de antiguidades do mundo. Seu

acervo conta com peças egípcias (como múmias em seus autênticos sarcófagos),

objetos da antiga Pérsia, Mesopotâmia e Palestina, além de peças gregas,

romanas e da Idade Média.

A Estátua da Liberdade para os milhões de emigrantes que procuram na terra

americana um abrigo seguro, é o símbolo da promessa de liberdade. Mas o que

poucos sabem, é que o poema gravado nos pés da estátua, famoso em todo solo

americano, e que expressa a angústia e a esperança destes homens, é de

autoria de uma poetisa judia americana, Emma Lazarus.

Escritora americana de grande renome Emma nasceu em 1849, em Nova York filha

de uma abastada família Sefardita. Educada por tutores particulares

demonstrou muito cedo seus dons poéticos, publicando em 1867, seu primeiro

livro em versos, "Poemas e Traduções". Coletânea escrita entre a idade de 14

a 17 anos, chamou a atenção de Ralph Wald Emerson, com o qual Emma se

correspondeu durante muitos anos. Sua aptidão para a poesia foi grandemente

louvada por Bryant e Whitman.

Em 1871, seu segundo livro "Admerus e outros poemas" contém um trabalho com

tema judaico, "Na sinagoga judaica de Newport". Esta poesia foi reproduzida

pelo "American Hebrew", jornal da comunidade judaica, juntamente com a

tradução de Emma de grandes poetas sefarditas da época de ouro da Espanha,

como Ibn Gabirol e de Judah Halevi. Suas primeiras obras foram grandemente

influenciadas pelos horrores da Guerra Civil Americana. Mas a partir de seu

segundo livro, Emma começou a se aproximar, cada vez mais,

da comunidade judaica.

Em 1870, o Rabino Gustav Gotheil convenceu-a a traduzir e escrever uma série

de poesias para um novo livro de rezas que estava sendo editado. A onda de

perseguições na Rússia, aos judeus, que resultaram em uma migração em massa

para os Estados Unidos, afetou a vida e as ações da Emma Lazarus. Os pogroms

de Kishinev de 1907, horripilaram o mundo e no seio da comunidade judaica

americana, revolta provocada pelos ataques, foi essencial para formação do

"Comitê Judaico Americano", cujo objetivo era o combate ao anti-semitismo.

Estes acontecimentos despertaram a consciência judaica de Emma Lazarus,

tornando-a porta voz de seu povo na América, e levando-a posteriormente ao

sionismo. Desde aquele momento tornou-se notável a série de artigos que

escreveu sobre o judaísmo.

Mas para Emma, as palavras não eram suficientes para exprimir sua angústia e

preocupação com os milhares de refugiados judeus que chegavam a terras

americanas.

Certa vez o poeta americano William James escreveu para Emma: "O poder de

brincar com palavras e pensamentos deveria ser o ponto culminante de uma

vida rica em muitos outros aspectos". Mas o que se tornou "o ponto

culminante" na vida de Emma foi seu incansável trabalho de assistência aos

milhares de refugiados judeus que perseguidos chegavam famintos. Emma

juntou-se a grupos judaicos de assistência e lançou-se em todo tipo de

trabalho. Nada era duro ou difícil para ela. Chegou a usar seu próprio

dinheiro para ajudar os emigrantes em sua fase de adaptação. Trabalhou

incessantemente na própria Stanten Island, a famigerada ilha, por onde os

emigrantes eram obrigados a passar por uma humilhante seleção, que

determinava quem poderia entrar em terras americanas.

As palavras e as ações de Emma Lazarus foram de extrema importância nesta

época, servindo de incentivo para que muitos outros se juntassem aos

esforços dos comitês de ajuda aos refugiados.

Escreveu nesta época "Sou toda para Israel. Não tenho outro pensamento,

paixão e desejo, além do meu próprio povo". Desta preocupação incessante,

nasceu o livro "Canções de um Semita".

Em 1883, a França presenteou os Estados Unidos com a Estátua da Liberdade,

que chegaria ao solo americano em 1885. Necessitando-se de um pedestal para

a estátua foi organizado um leilão para levantar fundos. Neste foram

leiloados manuscritos de poetas famosos, entre os quais Longfellow e Mark

Twain. Pediram também a Emma uma contribuição literária. Apesar de relutante

enviou seu poema "The New Colossus" para o leilão.

Assim que o poeta James Russel Lowell leu seus versos, escreveu: "Gostei do

soneto mais do que gostei da Estátua da Liberdade. O soneto deu ao objeto em

questão uma 'raison d´être', que é, sem dúvida, necessária mais do que o

pedestal".

Sua morte prematura, aos 38 anos, foi considerada uma perda para a

literatura americana e para a humanidade, em geral. Raramente surgem no

mundo figuras tão talentosas, ao mesmo tempo, tão dedicadas a aliviar a

miséria de outros.

Em sua honra este poema onde fica expressa sua inteira dedicação à causa dos

oprimidos foi fixado em bronze, aos pés da estátua.

Não como a fama do gigante de Bronze, da Grécia,

com suas pernas conquista, espaçadas, todas as terras,

aqui em nossos portais lavrados pelo pôr-do-sol marinho,

uma mulher poderosa, com uma tocha, cuja flama

é o relâmpago aprisionado, e seu nome, mãe de todos os Exílios.

De seu punho farol brilha a acolhida abrangente,

seus olhos meigos, comandam.

O porto, estendido nas alturas emoldurado pelas cidades gêmeas

"Guarde terras ancestrais, com sua pompa histórica!",

grita ela com lábios silenciosos, "Dêem-me os cansados,

os pobres, suas massas apinhadas,

que anseiam por respirar em liberdade.

A recusa desventurada de seu porto abundante

envia a mim esses desabrigados assolados pela tempestade.

Ergo meu tocheiro ao lado do Portão Dourado.

Yago caminha na memória destes dois países com símbolos tão marcantes,

pontualidade de Reis-Rainhas e a confusa liberdade dos povos

que se debruça até em poesia de uma judia...

quase impossível acreditar neste século XXI.

Capítulo 4

Luna Poetry percebe os passos de Yago na Terra mesmo sem distinguir de quem

eram aqueles passos, existe entre eles uma comunicação estranha,uma energia

a vibrar constanemente ,sente também a necessidade

de algo mais saber sobre o Universo.

Não bastava o conhecer a se própria ,mas o lugar que era ou onde seria a sua casa.

Era preciso pesquisar para aprimorar conhecimentos e discernir com clareza

os caminhos que teria andado

onde encontrar suas raízes e seu lugar em algum planeta.

Começou pela Teoria do Big Bang que foi a explosão que deu origem ao

Universo. Não sabemos o que havia antes nem o motivo da explosão, mas já

estamos em condições de reconstituir o que ocorreu a partir daquele momento.

Tudo aquilo que existe hoje teve origem numa explosão ocorrida há 15 bilhões

de anos. Num brevíssimo instante, nosso Universo, e junto com ele o espaço e

o tempo, surgiu a partir de um pequeno embrião cósmico incrivelmente denso e

quente. Atualmente, bilhões de anos depois, o Universo continua se

expandindo em todas as direções. As galáxias distanciam-se uma das outras,

fato que ocorre com mais rapidez quanto maior for a distância que as separa.

Essa importante descoberta - a expansão do universo - foi realizada pelo

astrônomo norte-americano Edwin Hubble (1889 - 1953).

Ninguém sabe com certeza como ocorreu o Big Bang e o que ocorreu antes

dele - trata-se de uma pergunta que a ciência ainda não sabe responder. O

enigma da origem do Universo implica difíceis considerações de física

quântica, por que naquelas épocas primitivas tudo cabia em dimensões da

ordem do átomo. Uma das conjecturas em estudo sugere que o embrião cósmico

que deu origem ao universo foi uma flutuação de um "vazio quântico"

primordial. A partir da explosão, o Universo começou a se expandir,

arrastando consigo o espaço e o tempo. Ninguém sabe com exatidão a idade do

universo, mas, como demonstrou Hubble, este dado está relacionado ao seu

tamanho e à velocidade de sua expansão. Seria possível avaliar o tamanho do

Universo medindo a distância em que se encontram as galáxias mais distantes;

no entanto, medidas como essa requerem o uso dos mais potentes telescópios e

ainda assim estão fardadas e uma considerável margem de erro. As estimativas

dos astrônomos indicam uma idade aproximada de 15 bilhões de anos.

O Universo hoje é formado por inumeráveis galáxias agrupadas em enormes

famílias que recebem o nome de cúmulos, separadas por imensos vazios e

espaços escuros. Entretanto, as galáxias e estrelas só começaram a se formar

2 bilhões de anos após a ocorrência do Big Bang.

Depois do Big Bang ,Luana dedicou-se a ler Marcelo Gleise e a História do

Universo em expansão.

Segundo ele,o Universo também não tem um lado de fora. Ele se estende ao

infinito em todas as seis direções

Sente que precisa voltar a uma questão : a expansão do Universo. O que

significa dizer que o Universo está em expansão? Como sabemos disso? É bom

começar com a evidência de que o Universo está em expansão.

Primeiro, algo sobre a natureza da luz, já que ela nos dá a pista. A luz

visível é apenas uma pequena janela do espectro da radiação eletromagnética.

Essa radiação é interpretada como sendo formada por ondas, cada 'cor',

visível ou não, com o seu comprimento de onda.

Em 1929, o astrônomo americano Edwin Hubble mostrou que a luz proveniente de

galáxias distantes exibe um 'desvio para o vermelho', ou seja, a luz que

elas emitem, quando comparadas com galáxias mais próximas, aparece

distorcida, com comprimentos maiores.

Hubble sabia de outro fenômeno em que ondas são distorcidas devido ao

movimento de suas fontes, o Efeito Doppler. Quando uma ambulância se

aproxima, as ondas de som de sua sirene são desviadas para menores

comprimentos (maiores freqüências) e seu som é mais estridente.

Quando a ambulância se afasta, o som fica mais grave, com maior comprimento

de onda. Todo mundo já presenciou esse efeito.

A luz exibe a mesma propriedade: quando sua fonte se afasta, seu comprimento

de onda aumenta; quando ela se aproxima, ele diminui. Hubble interpretou o

desvio para o vermelho das galáxias distantes como conseqüência de seu

afastamento em relação à Via Láctea, a nossa galáxia.

Hubble foi além, mostrando que a velocidade de recessão das galáxias

obedecia a uma lei simples: a velocidade de afastamento aumenta em proporção

direta com a distância. Entram em cena os físicos teóricos. Modelos

matemáticos propostos durante os anos 1920 descreviam um Universo cuja

expansão obedecia à mesma lei obtida empiricamente por Hubble.

Esses modelos, baseados na teoria da relatividade geral de Einstein,

mostravam que a expansão do Universo era, na verdade, uma expansão da

geometria. É aqui que começa a confusão. Como assim 'expansão da geometria'?

Hubble imaginou que as galáxias eram como detritos de uma explosão,

afastando-se de um ponto onde, no passado, todas estavam mais próximas. Para

ele, o espaço era fixo, o palco inerte onde a expansão ocorria.

Porém, segundo a teoria de Einstein, a expansão tinha de ser interpretada de

outro modo: as galáxias não se moviam por si só, elas eram carregadas, feito

rolhas em um rio, por uma geometria em que a distância entre dois pontos

quaisquer aumentava continuamente.

Como visualizar isso? Imagine uma régua. Marque cada centímetro com um ponto

negro. Nesse universo unidimensional, expansão significa que a distância

entre dois pontos (o 'centímetro') cresce a uma taxa constante.

Após algum tempo, os pontos estarão todos mais distantes uns dos outros, não

porque tinham movimento próprio, mas porque foram carregados pelo

crescimento da régua. O mesmo ocorre com o Universo: as galáxias são

carregadas pela expansão e a distância entre elas aumenta.

Mas expansão dentro de onde? De lugar nenhum. No caso da régua, ela se

estende ao infinito nas suas duas direções. Não existe um 'fim' da régua. E

não é necessário viver fora da régua para entender a sua expansão; basta

medir as distâncias entre pontos vizinhos.

O Universo também não tem um lado de fora. Ele se estende ao infinito em

todas as seis direções; o que vemos é apenas parte dele,

a que podemos medir.

Luna por mais que ande dentro da formação,

evolução e expansão do universo não consegue se definir nele.

Existe nela diferenças gritantes,sentimentos

estranhos e uma alma que sonha.

Com o impacto da história sente-se órfã,

sufocada em segredos sem conseguir

mudar conceitos estabelecidos há séculos.

Teria dormido anos luz e só agora acordado?

Mudanças de estações existiam?

O Verão estava tão longe das Muralhas...

que mesmo na longa distancia sabia que ali estava seu coração.

na intimidade da lua ...

queria na intimidade da lua

à deriva do vento

penetrar na sombra do tempo

recordar da tua figura nua

queria desenhar abraços enlaçados

navegar nas tuas curvas-magia

mergulhar numa vertigem

acordar nas tuas maresias

queria te cobrir com a minha primavera

espalhar perfumes da pele

desvendar segredos em flores

te despertar com carícias e malícias

invadir teus poros de paixão

na intimidade da lua

queria ...

Maria Thereza Neves

Capítulo 5

Se passos o arrastam novamente para as Muralhas era para ficar mais perto da Lua.

Esta estrada de eletricidade ,ima que dele não desgruda, atrai, o faz

projetar-se além das estrelas,

calcular, construir escadas, degraus para que as mãos alcance o que os olhos

não enxergam mas o coração sente sempre presente.

Tentativas mil faz, não desiste.É preciso cada vez mais aumentar as forças

do pensamento,ampliar mais e mais sua escada para um dia lá chegar,

descobrir no desconhecido

o conhecido que está além do conhecimento real

mas gravado nos sentidos

o toque suave e o aroma a espargir no ar.

Não há como explicar este chamamento tão crescente a todos os instantes,

a todos os momentos de sua vida desde que acordou a vida em suas veias.

Lê o poema de José Ribeiro Zito, sente como se fosse dele,

não era poeta, mas amava a poesia:

O que eu quero nesta vida

O que eu quero nesta vida

É um tanto do pouco que me basta,

Muito mais do que desejo ter.

Quero apenas esse sonho por sonhar

Um verso inteiro solto pra rematar

Todas as rimas que há nos sentidos,

Todas as letras que há no verbo amar.

O que eu quero é apenas sentir

Que em cada Primavera que nasce

Há rebentos frescos de amor a florir,

Novas cores a pintar o coração

E beijos que fazem corar a face.

O que eu quero nesta vida

Não é palco de glória, ficar na história,

Nem ter bancos, fábricas, empresas, ações,

Nem fama, ouro ou diamantes.

Quero mais, muito mais que isso tudo,

Quero um novo amor como dantes

Que nunca perca a memória.

Apos muito pensar,mergulhar em raios de vida com tanta vida

era hora de descansar, de fazer um balando das emoções,

rastrear os astros, aconchegando coração ao coração

ele cabia inteiro naquela poesia .

Lágrimas rolaram , queria o amor mais que tudo como dizia o poeta autor.

Capítulo 6

Luna intranqüila via coisas absurdas.

De várias direções percebia objetos voadores invadindo a tranquilidade do espaço.

Foguetes, espaço-naves, satelites ligando fios

usando o universo sem pagar direitos autorais

e mesmo assim, americanos, russos e tantos outros paises

sentindo-se donos ,plantavam bandeiras de vitórias e conquistas.

Escuta uma voz suave, uma poesia aparece nas estrelas

agarra com todas suas forças naquelas letras

suavizando aquele turbilhão confuso

arranca a mascara da lua ,mostra a alma

precisa tanto de falar de flores, de plantar sementes de amor

de sorrisos cobertos de gentilezas e afetos.

Espalhar a serenidade nos horizontes.

Ser, simplesemente ser, existir no hoje

porque o amanhã já será tarde, será ontem.

Agasalhada em expectativa , sonhava

como se estivesse vivendo o sonho

no espaço adocicado de sabores e cores.

As noites eram iluminadas com sopros e sussuros

de uma sempre mesma melodia exalando perfumes

plantados bem dentro de Luna.

Tenta arrancar algo do fundo e devolver ao universo

nada conseguindo é socorrida por Cecília Meireles:

Timidez

Basta-me um pequeno gesto,

feito de longe e de leve,

para que venhas comigo

e eu para sempre te leve...

- mas só esse eu não farei.

Uma palavra caída

das montanhas dos instantes

desmancha todos os mares

e une as terras mais distantes...

- palavra que não direi.

Para que tu me adivinhes,

entre os ventos taciturnos,

apago meus pensamentos,

ponho vestidos noturnos,

- que amargamente inventei.

E, enquanto não me descobres,

os mundos vão navegando

nos ares certos do tempo,

até não se sabe quando...

e um dia me acabarei.

Cecília Meireles

Capítulo 7

Marithe não perde uma linha dos pensamentos abortados nesta 4a Feira de 2006.

No que voa entre o céu, a terra .

Nas afinidades desafinadas entre o Big Ben e a Estátua da Liberdade.

O cálculo do tempo, a hora sempre exata e a liberdade,

igualdade dos povos tão pouca.

Traça no agora os reflexos da união dos dois paises tão diferentes, diria

mais que isto, prepotentes.

Investidos na ganância, no poder, no desejo de dominar o mundo

arrasam nações,vestem terras de sangue e depois tentam enterrar os mortos,

socorrer famílias com migalhas dominando homens famintos de tudo.

Marithe vai mais longe, volta a poesia e escreve um poema:

Mulher

sou mulher de todas as raças

brasileira de todas as cores

que enfrenta todas as dores

na cama, todas as paixões

sou mulher que briga na magia

nas artes ou poesias

no campo das idéias

por justiça

liberdade, igualdade

sou mulher que chora e grita

que enfrenta a labuta

qualquer luta

pela democracia

sou mulher

como todas as mulheres

todas as Marias

Maria Thereza

com raça

pele e cheiros

que clama

pela Paz neste Planeta!

Maria Thereza Neves

Capítulo 8

Universos se unem no encontro do amor total

sem barreiras no espaço sem espaço para dúvidas.

Estava escrito em algum lugar o destino cruzado de Yago e Luna.

O tempo deu tempo a magia nesta 4a Feira

as portas do paraíso se abrem com infinitas macieiras coloridas de vermelho

renascendo o amor, a paixão rubra junto a um doce lago azul

sem qualquer elo com a história da História

qualquer pensamento ou filosofia

recriando Adão e Eva

num real paraiso

com uma nova mentalidade de Humanidade

onde existem rosas e jardins

e os sentimentos não moram mais tão longe do coração.

Aos poucos os desejos guardados por tantos anos

vão se revelando nesta união perfeita

através dos momentos em eterno movimento :

Palavras em Movimentos

Maria Thereza Neves

momentos em movimentos

quando as palavras se vestem de mil cores

sobem aos palcos ou tribunas

espalham folhas ao vento

gritam e choram

silenciam ou sonham fantasias

das letras que dançam

no ritmo certo

sem errar passos

se abraçam expressando emoções

rasgando espaços,unindo traços

numa interrogação ou exclamação

num jorro livre

correndo ,tocando , trocando mundos

é quando o poeta encontra seu eixo

ás mãos o tom da voz própria

sussurra com as estrelas e a lua

a vida vira do avesso

vira magia

as palavras com arte cria

com sabor e sons de poesia !

Fontes de referencias/pesquisas:

http://www.canalkids.com.br/viagem/mundo/bigben.htm

http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/estatua/home.html

www.oplanetario.hpg.ig.com.br/bigbang.htm

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=23755

Imagens da internet.

São Paulo,Novembro de 2006

Maria Thereza Neves

too-young Nat K Cole.wav

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 19/11/2006
Código do texto: T295455