na fluidez que meu pensamento descobre ser possível enveredar
solto minhas âncoras e me deixo velejar ...
não reconheço a brisa que vai me conduzir
mas deixo assim mesmo ela agir ... seguir ...
deixo que o feixe que me atinge os sentidos
seja este labirinto flúor pelo meu dizer percorrido...
seja sensação que faz descobertas livremente
seja os sentidos almejando um enfoque diferente...
nào tenho rotas ... não avalio notas ...
deixo meu querer se propagar como quem precisa de espaço para se prolongar em abraços no ar ...
para abrir os braços e enlaçar amigos ...
laços fortes em tempos perdidos ... sem hora marcada para se dilatar ...
não conto esquinas ... nem à quantas primaveras fui menina ...
não guardo as canções que não trazem recordações
deixo a trilha se intensificar pelas melodias que contam estórias e trajetórias que fizeram meu ar ser este além mar ...
não guardo no frasco as gotas choradas
mas sim as serenas e serenos das madrugadas ...
onde o amor foi e é a melhor companhia que meu coração pode desejar ...
orgia de versos compostos com suor e prazer de ser ventania
dona da Capitania da Terra Viva do meu corpo fecundo...
oriundo do descobrimento de um mundo que cabe inteirinho dentro dos olhos ~*~*~*~
em brilhos
estrelas
caminhos & carinhos ...
(( MELLMELLO))