O camarim do palhaço
Sem o nariz vermelho
Via-se no espelho
Escorria-lhe o talco
Deixara o palco
A criança não acena
Fora da arena
De palmas, sem salva
Ninguém lhe salva
Sem pretensão
Estava sem ação
De sapatos imensos
Mas de caminho denso
Tudo só era pretenso
Artesão da alegria
Alma sem mobília
De cara limpa
Um sorriso garimpa
Isto não lhe convém
Sem sua máscara
Não faz sorrir a ninguém