NOSSO CHÃO
Sou um trabalhador
Meu andar andarilho
Percorre a selva de pedra
E tudo que vê nada mais senão pressa.
E a Ágora, a praça pública, outrora lugar dos filósofos
Transcorrida épocas, transformou-se em lugar de luta
E dela nunca devem abandonar
Todos aqueles que sabem dela serem os donos
Porque é no chão da praça que se conquista os direitos.
Pode a súcia mandar capangas ou mesmo artilharia
Nunca vencerão porque não sabem a beleza que é
Estar entre irmãos e não em camarilha.
E a mordaça da lei por eles desejada
Não se cristalizará porque não é lei aquela que usurpa
O direito por conquista e luta travada.
Então não cedemos, irmãos
Não nos dobramos ao martelo sob nossas cabeças
Erguemo-nos na praça nossos braços
E em coro expulsemos o general!
Sempre à frente caminhemos
Com a certeza e sempre juntos à frente avancemos
E a súcia no alto do castelo boquiaberta estará
E às quatro paredes novos ataques arquitetará
E da bainha lançará a espada
E retrocederá tão logo se depare com o muro que seremos.
Avante!
Sempre avante e não de outra forma
É assim que nós trabalhadores sempre seremos.