A velocidade da coisas
A velocidade da coisas
Sempre gostei de velocidade.
Velocidade mesmo, daquelas que lhe colocam em situação de vulnerabilidade, mas com uma sensação superficial de superioridade que apaga qualquer receio só para sentir uma certa vitória sobre o medo.
Medo de quê?
O medo na verdade se restringe aos atos que possam vir a causar danos a terceiros, vítimas das minhas aceleradas. Porque acelerar é muito fácil; difícil mesmo é saber quando e como parar.
Mas por mais que se guie, o importante é saber sempre do destino. Acredite, eu tenho meus destinos bem definidos, mas nada me impede de experimentar alternativos caminhos. Quer me desafiar para um racha?
Tudo bem, escolha a estrada, mas não abro mão do local da chegada. Se o seu caminho é oposto, a meu gosto será uma rota mais longa, onde poderemos assim testar com mais tempo as habilidades opostas.
Mas aviso, sou fã de Speed Racer, e apesar de adorar Airton, paro a qualquer momento por motivos que você nem imaginaria.
Por exemplo, desacelerar de 220 para ZERO só para colocar uma placa na estrada por onde passamos:
ATENÇÃO, ÁREA RESTRITA A INTERNAUTAS.
E internautas podem correr, voar e nadar, mas tem necessariamente de ter um dos pés presos nem que seja ao fio do mouse, e lembrar sempre que estradas são meios, velocidade é escolha, mas os pilotos são pessoas reais.