A ESTRADA
Vejo diante de mim uma estrada, longa, impossível saber onde vai dar. Fico parada observando-a. Mas os meus pés, irrequietos, querem desgrudar-se de meu corpo para nela pisar, andar, correr. Meu coração, enlouquecido, bate tão rápido, mas tão rápido, que, nessa taquicardia alucinada, quase me salta pela boca e meus pensamentos já se escaparam e estão vagando por entre a paisagem ao redor,
entretendo-se, disfrutando a beleza, contentes e ávidos por novos estímulos. A estrada, ali, diante de mim, a me chamar. O convite é irrecusável e a única alternativa é aceitar.