Palavra: Bem ou Mal-dita

Palavra Bem ou Mal-dita

Palavra: recurso parco, que não basta a si mesma para se fazer compreender,

E então confunde, espanta....

Palavra: comunicação primária que marca a era do homos sapiens.

Salva e fere, quando quer apenas comunicar...

Eu, que de palavras sou prolixa, me perco de vista, nada sei dizer ao certo...

Sou ré confessa do crime descomunal de não saber dizer o quanto te amo

E me perder nas entrelinhas...

Palavras que eu disse, quando queria apenas estar perto de ti...

Esquece as palavras “mal-ditas”,

Pra lembrar das mãos que falam silenciosas,

A linguagem das carícias, que foram só para nós...

Esqueça a minha voz, que às vezes não soa bonita,

E lembra do néctar que eu quis te dar...

Conto com a tua indulgência e generosidade:

Perdoa não ser eu a pessoa perfeita...

Lembra-te que, por agora, quase tudo é prisão,

E o coração bate descompassado,

Acelera, dói e tropeça afogueado,

Quando tem a chance de escutar o teu...

A ansiedade atropela a razão e então,

Não espera que seja a tua voz a falar e não a minha...

Diga que já cumpri a minha pena e dê o doce ar de tua graça...

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 18/11/2006
Código do texto: T294614