Prado, pasto, vasto e casto
Para a vaca era o pasto
Para chegar era tão vasto
Pradaria de grama
De feno uma gama
Imenso chão de jardim
Que não tinha jasmim
Que perdeu o perfume
Mas guarda seu lume
Para quem faz o passeio
Faz na alma um asseio
Anda de lá para cá
No canteiro de manacá
Colhe um fruto mais tolo
O menino maroto
Com um gorro tão roto
Mas que não lhe tira a graça
Como se em uma praça
Ganhasse um sorriso
Servindo de aviso
Que naquele imenso salão
Pulsava um coração
Que ia além da cerca
Mas que nada se perca
No éden de verdade
A menina castidade
Alimentando um anseio
Com a beleza do seio
Provocou o menino tão casto
No capim meio gasto
Que para a vaca era o pasto