"SÓ SEI QUE NADA SEI"

Sim, eu tenho medo!

A razão grita tão alto que ensurdece a sensatez.

Mas preciso saber...

Entender por que este sentimento me atormenta tanto.

Por que é a razão do pranto involuntário da alma,

toda vez que penso em ti...

O por quê deste desespero, sempre que penso que não estarás mais na minha vida.

Preciso entender!

Sei que Deus não me condena, mas que deixa nas minhas mãos a escolha e a responsabilidade pelos meus atos.

Que a minha mente não seja confundida e que eu tenha clareza de pensamentos suficiente para não deixar a emoção me dominar...

Sou vou saber disto quando estiver frente-a-frente contigo!

Que o Universo não me condene, por eu querer e precisar entender o “por quê” deste meu momento, que não deve mais se estender sem eu saber o que estou sentindo.

E depois de tudo, ter a coragem de por um ponto final em tudo e seguir adiante... ou não!

Não sei... apenas quero entender e voltar a viver em paz!

Eu não era feliz, mas tinha a calma consquistada depois de muita tristeza, conformismo talvez, por não querer fazer outra pessoa infeliz...

Mas não dá mais para ser assim...

Tão fora de hora! Mas, o que é o tempo? O tempo que conhecemos?

Não entendo muita coisa e por mais vivência que eu tenha, a única certeza que tenho é a mesma de Sócrates: “Só sei que nada sei.”

E a vida segue e segirá seu curso.

Kira, Penha Gonçales