A FAZENDA.

Éramos jovens, cheios de sonhos
e com muita disposição para trabalhar.
Ele, um magistrado exemplar.
Eu, advogada, porém filha de fazendeiro
queria ao campo voltar !
Compramos a terra.
Pedaço de um, pedaço de outro
e  com paciência e empenho
conseguimos uma fazenda formar.
Afazeres múltiplos
 o nosso tempo  tomavam...
 Os dias passavam rápidos,
 divididos entre o trabalho profissional,
 a  família e a FAZENDA.
 No fórum, audiências,
 processos, contendas...
 Em casa o normal,
 crianças, deveres, escola, obrigação social.
Nos finais de semana, A FAZENDA!
Trabalho braçal...
Gado, vacina, ordenha, apartação,
plantas, colheitas, silos, troca de peão.
Em sincronismo tudo acontecia...
Nós  caminhávamos,
 e a vida nos sorria.
Assim, o tempo passou  e nem notamos.
 Os filhos cresceram, nos aposentamos
 Porém a vida nem sempre oferece flores...
Chegou o dia em que ele se foi,
  e eu  em  dores  fiquei...
 E  naquela fazenda onde começamos,
 nunca mais voltei!
 
   
Maria Gildina de Santana Roriz (Magy)
Enviado por Maria Gildina de Santana Roriz (Magy) em 01/05/2011
Reeditado em 16/10/2015
Código do texto: T2943457
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