Florescer da saudade

Hoje me debrucei junto ao passado

Como se no peitoril de uma janela florida,

Como se no meio de um canteiro

De margaridas

Do meu olhar obliquo cor de mel

Iluminava a lembrança

Em transparentes e longínquas visões

Minhas lembranças como chuva no telhado

Tamborilando a memória

Vi-me nas madrugadas, nas noites altas a correr no orvalho atrás de vagalumes.

Enchendo-me de extasiada alegria

Como isso me fazia realmente feliz

E o tempo passou...

Num pulo nostálgico vôo nas asas da saudade

Pouso num tempo que não existe mais

Assim como chegastes à minha vida

E coloristes os meus dias de contentamento num clima de amor verdadeiramente encantador

Sem argumentos, tempo fugaz

Destino traiçoeiro te levou

Para longe dos olhos meus

E no coração plantou a semente da saudade

Que ainda floresce quando me abro a pensar...

Angeluar
Enviado por Angeluar em 01/05/2011
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