De 'ser' mulher...

Sou uma mulher simples.

Rezo todas as noites e ainda tenho medo de escuro.

Tenho fé em Deus.

Prefiro a minha companhia.

Me olho no espelho sempre que chego em casa.

O silêncio é meu melhor conselheiro.

Meu ar, meu melhor alívio.

Aprendi que o equilíbrio vem de mim mesma.

Amo meus pais.

Prefiro flores nos seus “pés de flor”.

Tenho bons amigos,

Gosto de papos inteligentes, regados a um vinho tinto suave.

Sou de fácil convivência...

Não exijo muitos cuidados e gosto do sabor da minha independência.

Tenho o paladar simples,

Gostos refinados (e, por vezes, até excêntricos),

Tenho o ouvido aguçado para boa música, de preferência, aquela certa para a ocasião...

Não sei muito ainda da vida,

Mas pretendo viajar.

Quero conhecer Bali, na Indonésia.

Não abro mão de passear pela Itália

E uma temporada na Grécia.

Ainda quero estudar História da Arte.

Prefiro as manhãs de sol e as tardes de céu nublado.

As noites, prefiro que tenham lua.

Não gosto de nada com hora marcada,

Prefiro o acaso.

Planos são para a parte prática.

Gosto do que é natural e não suporto mentira.

Enquanto uns dormem, eu escrevo.

Prefiro as roupas brancas.

Não sou boa com números.

Gosto de homens que apreciam um bom vinho

Prefiro que não sejam bonitos.

Me basta que sejam sedutores e que saibam dançar.

Não acredito em amor à primeira vista.

Nem em “segunda vista”!

Amor nasce com a convivência.

Não tive muitos homens, talvez até porque muitos deles ainda acreditam que dizer “eu te amo” (apenas) me completasse.

Sou discreta.

Adoro dar gargalhadas.

Contraditória? Não, não sou.

Quer dizer, eu sou!

E quem não é.

Não li Gandhi,

Mas li Shakespeare, eu li Drummond.

Gosto de ser mulher.

Gosto de sentir o prazer de ser mulher.

Quero ser mãe.

Adoro meus vestidos.

Gosto de usar salto alto,

Batom e esmalte vermelho.

O decote é essencial, na medida certa.

Eu me sinto bem,

Só preciso que não me perguntem demais sobre o que eu faço.

O que eu faço não é segredo, mas é o que ‘eu faço’,

Não o que os ‘outros fazem’.

Tenho um diploma que não botei na parede.

Mas adoro estudar.

Amo o meu trabalho.

Me sustento da minha liberdade.

Gosto de me sentir assim... livre!

Lú Ribeiro
Enviado por Lú Ribeiro em 01/05/2011
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