VIVO E NÃO APRENDO
Aprendi sua falta fingindo tanto que falta não me faz
Aprendi uma saudade da saudade de sentir saudade
Para ficar distante qualquer saudade de tudo lá atrás
Aprendi de verdade a não ver seu rosto pela cidade
Aprendi a solidão da casa nas suas coisas guardadas
E me fiz acompanhar de sua ausência pelos cantos
Aprendi todas as distâncias de todas as estradas
De sua imagem guardada tentei aprender desencantos
Aprendi a disfarçar a falta de seu sorriso nas madrugadas
Aprendi a não ouvir aquelas nossas melodias escolhidas
E disfarcei aprender a não lembrar o timbre de sua voz
Aprendi nessa morte a incerteza de tantas outras vidas
Aprendi em mim a falta de força para esquecer de nós
E ousei aprender até mesmo impossíveis esquecimentos
Aprendi a querer desaprender o que me prende e ata
Imaginei aprender a matar facilmente os sentimentos
E aprendi que a imaginação não aprendida é que me mata
Aprendi a me desvencilhar dos insistentes pensamentos
Tentei não aprender essa vontade que não ata nem desata
E apagar do tempo o rastro e o resto daqueles momentos
Aprendi essa angústia como antepasto desse sofrimento
Tive que aprender a indigestão absoluta do que silencia
A poesia de cada verso de cada poema perdido no vento
Para aprender que essa noção de deserto é o que angustia
E desaprendi meus passos em um tão estranho caminho
Desaprendi voar essa imensidão que outrora era infinita
E aprendi que era esse amor que me faz andar sozinho
E a calar essa dor no labor dessa poesia tão maldita
Aprendi a maldizer cada palavra depois de nascida
E a calar qualquer esperança feita desse tolo sonho
De imaginar a vida numa manhã vindoura renascida
E reflorida em cada verso de amor que ainda componho
Aprendi a criar um mundo sem você, sem mim, sem amor
Para ver que um mundo criado assim só podia ser medonho
E me ponho a recriar mais e mais para depurar essa dor
Onde a vida não poderia ser real mas sim o que dela sonho
E tendo aprendido e feito tudo, olhei e era bom o que eu via
E me cobri com o manto do tempo e descansei no sétimo dia
Aprendi sua falta fingindo tanto que falta não me faz
Aprendi uma saudade da saudade de sentir saudade
Para ficar distante qualquer saudade de tudo lá atrás
Aprendi de verdade a não ver seu rosto pela cidade
Aprendi a solidão da casa nas suas coisas guardadas
E me fiz acompanhar de sua ausência pelos cantos
Aprendi todas as distâncias de todas as estradas
De sua imagem guardada tentei aprender desencantos
Aprendi a disfarçar a falta de seu sorriso nas madrugadas
Aprendi a não ouvir aquelas nossas melodias escolhidas
E disfarcei aprender a não lembrar o timbre de sua voz
Aprendi nessa morte a incerteza de tantas outras vidas
Aprendi em mim a falta de força para esquecer de nós
E ousei aprender até mesmo impossíveis esquecimentos
Aprendi a querer desaprender o que me prende e ata
Imaginei aprender a matar facilmente os sentimentos
E aprendi que a imaginação não aprendida é que me mata
Aprendi a me desvencilhar dos insistentes pensamentos
Tentei não aprender essa vontade que não ata nem desata
E apagar do tempo o rastro e o resto daqueles momentos
Aprendi essa angústia como antepasto desse sofrimento
Tive que aprender a indigestão absoluta do que silencia
A poesia de cada verso de cada poema perdido no vento
Para aprender que essa noção de deserto é o que angustia
E desaprendi meus passos em um tão estranho caminho
Desaprendi voar essa imensidão que outrora era infinita
E aprendi que era esse amor que me faz andar sozinho
E a calar essa dor no labor dessa poesia tão maldita
Aprendi a maldizer cada palavra depois de nascida
E a calar qualquer esperança feita desse tolo sonho
De imaginar a vida numa manhã vindoura renascida
E reflorida em cada verso de amor que ainda componho
Aprendi a criar um mundo sem você, sem mim, sem amor
Para ver que um mundo criado assim só podia ser medonho
E me ponho a recriar mais e mais para depurar essa dor
Onde a vida não poderia ser real mas sim o que dela sonho
E tendo aprendido e feito tudo, olhei e era bom o que eu via
E me cobri com o manto do tempo e descansei no sétimo dia