Mulher demoníaca
Eu estava numa profunda espera
De um desejo que se dobrava a cada segundo
Senti a sua presença
Era você, mas eu não a enxergava
Só via fantasmas
Que locomoviam com insultos
E eu sua vítima escolhida.
Eu suplicava, chorava e me humilhava
Incluo um precipitado rumor
Como, impetuoso, fato lúcido virtual
Calados no veneno da noite
Coloquei as mãos na cabeça a ouvir
Gritos de pavor.
Ela estava ali rindo da minha dor
Agredimos-nos, machucamo-nos e culpamos todos
A toa, sem motivo, ela não era ela
Apenas uma mulher travestida de demônio
Numa diversão demoníaca em ouvir
Meus lamentos.
Vozes ecoam no silêncio da escuridão
Acende-se a luz e termina o espetáculo
Eu ali incrédulo na solidão
Sem ouvir ñinguém bater palmas.