Mulher demoníaca

Eu estava numa profunda espera

De um desejo que se dobrava a cada segundo

Senti a sua presença

Era você, mas eu não a enxergava

Só via fantasmas

Que locomoviam com insultos

E eu sua vítima escolhida.

Eu suplicava, chorava e me humilhava

Incluo um precipitado rumor

Como, impetuoso, fato lúcido virtual

Calados no veneno da noite

Coloquei as mãos na cabeça a ouvir

Gritos de pavor.

Ela estava ali rindo da minha dor

Agredimos-nos, machucamo-nos e culpamos todos

A toa, sem motivo, ela não era ela

Apenas uma mulher travestida de demônio

Numa diversão demoníaca em ouvir

Meus lamentos.

Vozes ecoam no silêncio da escuridão

Acende-se a luz e termina o espetáculo

Eu ali incrédulo na solidão

Sem ouvir ñinguém bater palmas.

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 28/04/2011
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