SOLIDÃO

Sozinho em meu tristonho quarto, sem ninguém para ouvir os meus imensos sentimentos, a tristeza é cruel, forte e luta para me dominar. Castigado pela maldosa solidão, não suporto, tenho que me entregar e, sem perceber, me pego a pensar... Inseguro, sem proteção, prisioneiro do medo e da desilusão, só me resta chorar. E choro um triste pranto de lamento, pensando nos momentos que o destino me obriga a passar. Nesse triste momento me concentro a pensar em alguém que nunca esteve presente para ouvir o que eu tinha a lhe falar. Ao refletir, recebo a certeza de que não existe ninguém para me consolar.

A solidão continua me ferindo por dentro, num triste lamento, só me convém perguntar: será que sou tão ruim que ninguém gosta de mim? Existe outro alguém tão triste assim? Será?

Carente de amor, gritos estrondam num ritmo de clamor chamando por alguém que não me dar valor. Sozinho entre quatro paredes sou presenteado: vem um desejo de encontrar outro alguém, mas tenho medo de ser ferido novamente: gostar de alguém que não gosta de mim. Desisto e tento sorrir para enganar o meu coração e, sem perceber, sou pego de surpresa pela tortura tristeza enviada pela solidão! Nesse momento, o meu sol que começara a brilhar, com raios de amor, é invadido pela escuridão! Olho para o mundo e não vejo nada, ninguém. Nem mesmo o meu verdadeiro amigo está comigo para me orientar. Castigado pelas lembranças que bailam em meu coração, guiado pela solidão, na escuridão, saio a caminhar querendo me libertar para não sentir o meu coração chorar.

Nas estranhas ruas do meu entardecer nada me alegra, olho para o infinito céu e vejo que até mesmo as estrelas estão carentes de amor. Então, saio perambulando pelas florestas das minhas descobertas, a observar as folhas secas da imaginação que caem no chão da amargura ao sentir o vento triste soprar, inexistentes pássaros cantam hinos de louvores ao perceber o ressoar da natureza no alvorecer e a brisa fria suaviza o meu rosto aumentando o desejo de ter alguém para me amar.

Olho novamente para o céu e me percebo vivo ao sentir uma estrela cadente mudar. Essa estrela brilhante me deixou confiante para eu procurar, outro caminho, com um grande intuito de eu encontrar alguém que me der uma chance, que me de carinho e amor, coisas que vivo sempre a sonhar.

Gilson Vasco
Enviado por Gilson Vasco em 28/04/2011
Reeditado em 28/04/2011
Código do texto: T2935763
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