ESSAS SÍLABAS
(Memoriais de Sofia/Zocha)
Vou subindo a rua lamacenta
oss pés afundando sem galochas
meus sapatos tem solado de pneu
No azul marinho da saia
o pano de fundo escuro do céu
Nas asas do tempo
a brancura do revoar das penas
Agora é sopro tênue de moçoila arrebentando
as primeiras gotas do menstruo do amanhecer
Combina com as tranças
elas cinzelam andanças
pela ladeira da Goiás
Bebemos eu dela ela de mim
esse verso não se escreverá mais
A mesma chuva das floradas dos tristes jasmins
dança pelos canteiros de mosquitinhos
Queimam-se palmas bentas
no oratório da cidade morta
No termômetro do tinteiro
ela sopra essas sílabas de dentes de leão
Araucárias guardam no cálice
esta bebida menina de mim
www.lilianreinhardt.prosaeverso.net/visualizar.php
(Memoriais de Sofia/Zocha)
Vou subindo a rua lamacenta
oss pés afundando sem galochas
meus sapatos tem solado de pneu
No azul marinho da saia
o pano de fundo escuro do céu
Nas asas do tempo
a brancura do revoar das penas
Agora é sopro tênue de moçoila arrebentando
as primeiras gotas do menstruo do amanhecer
Combina com as tranças
elas cinzelam andanças
pela ladeira da Goiás
Bebemos eu dela ela de mim
esse verso não se escreverá mais
A mesma chuva das floradas dos tristes jasmins
dança pelos canteiros de mosquitinhos
Queimam-se palmas bentas
no oratório da cidade morta
No termômetro do tinteiro
ela sopra essas sílabas de dentes de leão
Araucárias guardam no cálice
esta bebida menina de mim
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