Inevitável
E as sensações de perder o tempo me rondam, pessoas indispensáveis se tornam intragáveis. Talvez o culpado nem seja de fato o tempo, talvez o problema seja as cicatrizes que uma decepção causa, o desgaste da convivência.
Talvez o que mude seja nossa visão de mundo, nossas prioridades e então, vemos que nossas queridas pessoas, se tornam completas estranhas, apenas pessoas.
E embora você sinta que está chegando ao fim (uma amizade, um amor, um laço qualquer), embora você sinta que o distanciamento está acontecendo, você não faz nada para que isso mude, você não se importa que isso aconteça, ou talvez você se sinta incapaz de interferir.
E então, o eterno, se torna acabável e fim.
E então, o que resta são memórias, passado que te atormenta, uma ferida mal curada que lateja quando tocada.
Por que as coisas chegam ao fim? Por que tão rapidamente?
Até que um dia, você reencontra o estranho, antes adorada pessoa, e percebe que ela é tão boa quanto antes, tão interessante quanto antes, tão normal quanto antes.
Mas você não é o que era antes.
Então que seja eterno enquanto dure.