QUANDO É NOITE

Quando é noite dirijo para o meu leito com a solidão. Só existe tristeza em meu coração e lágrimas no olhar. Rolo no leito e o sono não chega. É tua lembrança na minha cabeça. É solidão. Penso em você e ignoro a calma, um gigantesco vazio na imensidão da alma quando é noite.

Vejo você numa pálida fumaça, sorridente e contente. Toco em você e não sinto nada. É ilusão. Chega a tristeza acompanhada da saudade e fico pensando onde você estar... Você deve estar em alguma parte, em alguma esquina seduzindo ou encantando alguém para amar, mas também deve estar se lembrando de mim. Você deve estar confusa e perdida numa trilha sem saída me pedindo e implorando para eu te buscar,

Eu não sei o que faço, recebi um forte abraço da solidão. Solidão só chega para matar o coração no peito e fazer chover no meu olhar. No vazio procuro não ficar tão triste, mas é você no pensamento quem insiste para eu te clamar.

Penso em sair te procurando, mas volto no tempo e me vem as lembranças: você não me quer e nem quer o meu amor, nunca me quis e agora me deixou sozinho com a solidão e foi embora com a sua indecisão.

Sinto sua presença. É lembrança. O pensamento expande no mundo, não sou ninguém sou só um vagabundo apaixonado por você. Reflito sobre tudo que você me fez passar: só infelicidade, mas não consigo te odiar. É amor. A paixão que sinto por ti não se esconde, se você me quer ou não me confunde. Fico iludido. Sofro e fico triste por não te ter aqui comigo, sem você a vida é perigo: não sei se morro ou se vivo, não sei o que eu vou fazer, com a minha vida.

Gilson Vasco
Enviado por Gilson Vasco em 27/04/2011
Código do texto: T2934570
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