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Eu sigo, numa terra de NuNcA,
Mentirando verdades minhas
Sou dona do meu próprio universo.
E guardo entre portas de chumbo
Estes cofres de sensações que a mim cabem
Porque amo codificar o mundo que há em mim...
Não importa a resposta, sequer a questão
O que importa e a gostosa sensação
De invocar outros novos sentimentos...
Ventos, brisas, tempestades;
Meias palavras, inteiras verdades;
Máscaras que caem ao relento...
Que importa tanto solo barrento?
Velhas insanas na janela,
Velas acesas... amarelas...
... é tudo o que me apraz
E limpo a eira com brado vivaz
Como a arrancar alegorias falsas
Ou plumas carnavalescas de ilusões...
São lúcidas confusões
A falar de códigos só meus
Nada que ao mundo caiba,
Deste mundo que tenho em mim...
Mas posso falar sem mácula
Ainda que não seja entendido:
Não é o intento perseguido
Em todo verso que eu teço...
Nem adianta holofote
Ou mesmo lupa qualquer
Pois meu verso não quer
Ser jamais compreendido.