Conselhos Vãos
Escute o clamor do vento e lhe deseje sorte; sim, me deseje sorte antes do último raio de Sol repentinamente se apagar. Nós poderíamos olhar o luar se hoje não fosse o dia combinado.
O meu coração não pode suspirar, porém, ainda assim, sinto o meu peito arfar descompassado a cada vez que te ouço falar, ouvir essa tua doce voz me desespera. Nada é mais como era, você deve ter percebido na ousadia dos meus atos.
Teus conselhos vãos me fazem chorar, então, tuas mãos vêm e secam as lágrimas que se acumulam em minha face. A chuva nunca me ajuda a enganar outros seres quando não consigo conter meu pranto.
Dizer claramente os meus receios é complicado e doloroso, todavia, ver teus olhos brilhando enquanto esperas o meu relato perfura a barreira criada por mim para esconder as verdades cruéis desse meu gênio; não peço que entenda a minha dor, só te peço: chore comigo.
Os labirintos podem ser escuros, as ruas podem ser estreitas, as praias podem ser perfeitas, ou não, pois o mar não se importa, ele continua lá ostentando a sua majestosa beleza azulada.