SINTO MUITO

SINTO MUITO

Escrever pra mim e um prazer e falar de mim e uma alegria danada. As pessoas grandes são mesmo diferentes não sabem mais de como reservar alguns minutos desta grandeza e voltar um pouco no tempo, digo voltar a ser criança pensar como criança e agir como criança. Só pensam em números fama sociedade aparecida na mídia nacional ou mundial. Esquecem o belo e pensam que vivem rodeados pela beleza e se julgam contempladas pela felicidade do mundo. E fácil julgar ou ate mesmo criticar alguém. Falamos do próximo com a maior naturalidade e sentimos firmeza em nosso tom de voz quando queremos que o massacre aconteça, mas somos incapazes de subir em um palco para falar de si mesmo. Rúmen de medo só em pensar que serão massacrados e apedrejados pela mesma sociedade a quem sempre gosta de julgar. Gente grande e assim mesmo, vêem o mar, mas não contemplam o mar, vêem as arvores, mas não consegue ver o verde das folhas. Plantam as frutas, mas porem jamais param para apreciar o sabor que elas retribuem quando dão seus frutos, pois conseguem quase que o impossível que e calcular quantas frutas um PE plantado pode produzir. Como pode perceber eles são especialistas em números e ignorantes no prazer no sacio e como não conseguem saciar uma fruta imaginem só se conseguirão saciar a própria vida ou a vivencia de si mesmo. Perdemos o belo mesmo ele estando sempre em nosso redor e vivemos mendigando sem perceber, mas quando se trata em números somos novamente acordados para os cálculos e lucros que jamais teremos mas que insistimos em ter conquistados.

O tempo parece passar rápido quando sentamos em uma roda de amigos para falar de projetos invenção ou produção porem esse mesmo tempo parece monótono quando somos tragados e sugados pela pergunta de um filho ou de uma criança nos pedindo para falar um pouco do nosso tempo de criança. Esquecemos completamente da nossa criança e perdemos definitivamente a nossa infância e agora já não somos mais uma maquina humana e sim uma maquina eletrônica. Sabemos cálculos mais diferíeis porem somos incapazes de calcular tudo de bom que deixamos para trás e que tivemos tempo, mas não soubemos aproveitar, pois os números chegam primeiro tomando todo o espaço reservado que era de posse e de direito de ser criança.

Sentimos dono de tudo, prometemos um mundo e na realidade não temos condições em da r um lote qualquer. Fazemos promessas pelas quais jamais conseguiremos cumprir, mas mesmo assim prometemos mesmo sabendo o risco que iremos correr. Se possível tentamos ser como uma avalanche passando por cima de tudo para alcançar o topo do sucesso, ou melhor, mais uma invencibilidade na vida e mesmo assim nos sentimos feliz, ou melhor, pensamos que somos felizes sem perceber que cada conquista que pensamos ter conquistado nada mais e a aproximação da tristeza em nosso meio. Como adultos somos felizes triste e como crianças fomos felizes, mas nos tornamos apagados sem lembranças da infância em função dos números que um dia nos envenenaram e vivemos sempre provando deste veneno e nos deliciando do mesmo.

Mesmo assim deixamos de lado a lembrança do tempo de criança e persistimos em continuar memorizando e amando os números.

Tãozinho Ferreira
Enviado por Tãozinho Ferreira em 16/04/2011
Código do texto: T2911989