Livre
Naquele longínquo, fim de tarde
Percebendo no teu rosto
Uma desmedida alteração,
Com carinho disse: não é nada…
Apenas mais uma dor que não passa.
Palavras gélidas, duras e ásperas,
Que me enviaste, era o principio do fim,
Mas, subtilmente ouvi a tua censura
Que dilacera profundamente o meu ser.
Condenas-me pela dedicação que tenho por ti
Pelo meu egoísmo de querer ser feliz.
Desilusão, onde os sonhos e esperanças ruíram.
Pintava uma tela paradisíaca que transcende o silêncio,
Inundando o nosso ninho de amor.
Extasiada, deito-me em delírios febris,
Gritando ao vento: perdoa-me!
Sou livre! Quero voar e sentir a brisa
Como um beijo dado na fria aragem.