Livre

Naquele longínquo, fim de tarde

Percebendo no teu rosto

Uma desmedida alteração,

Com carinho disse: não é nada…

Apenas mais uma dor que não passa.

Palavras gélidas, duras e ásperas,

Que me enviaste, era o principio do fim,

Mas, subtilmente ouvi a tua censura

Que dilacera profundamente o meu ser.

Condenas-me pela dedicação que tenho por ti

Pelo meu egoísmo de querer ser feliz.

Desilusão, onde os sonhos e esperanças ruíram.

Pintava uma tela paradisíaca que transcende o silêncio,

Inundando o nosso ninho de amor.

Extasiada, deito-me em delírios febris,

Gritando ao vento: perdoa-me!

Sou livre! Quero voar e sentir a brisa

Como um beijo dado na fria aragem.

Isa Castro
Enviado por Isa Castro em 14/11/2006
Código do texto: T290986