Estornos da vida

Quanto tempo se passa

E o que eu levo da vida,

Se a ferida do tempo também é fatal

Deixando as marcas da lei do retorno

Engolindo o estorno

Do bem e do mal?

A realidade desfazendo sonhos

Cheios de medos, mistérios e leis

Batendo no peito de quem se consola

Ser um rico de esmolas diante dos reis.

O que é forte?

O que fraco?

O que é velho?

O que é moço?

O que é fundo do prato?

O que é fundo do poço?

A fé de um povo entre a missa e a novela?

O fim da liberdade entre a chave e a cela?

A ira?

A gula?

A inveja?

A preguiça?

O orgulho?

A avareza?

O bem e o mal?

Geraldo Lys
Enviado por Geraldo Lys em 14/04/2011
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