Estornos da vida
Quanto tempo se passa
E o que eu levo da vida,
Se a ferida do tempo também é fatal
Deixando as marcas da lei do retorno
Engolindo o estorno
Do bem e do mal?
A realidade desfazendo sonhos
Cheios de medos, mistérios e leis
Batendo no peito de quem se consola
Ser um rico de esmolas diante dos reis.
O que é forte?
O que fraco?
O que é velho?
O que é moço?
O que é fundo do prato?
O que é fundo do poço?
A fé de um povo entre a missa e a novela?
O fim da liberdade entre a chave e a cela?
A ira?
A gula?
A inveja?
A preguiça?
O orgulho?
A avareza?
O bem e o mal?