Exílio da alma
Os silêncios perambulam de olhos em olhos.
Fundos, densos.
Estrondos da alma.
Nem os anjos movem os ventos
para secar as lágrimas.
E o tempo é um alguém que passa...
Passa com sua noite de estrelas eternas
sobre a mesma coreografia dos horizontes.
Comovidos silêncios sobre os meus ossos
do alto desta varanda antiga,
que habitualmente se abala
diante do crepúsculo que emerge
- artífice da palavra que me sai
pelos olhos.
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