A busca do amor

Foi numa sala escura, após um dia de guerra, após um constume vazio, vem a TV. A partir dela nasce uma sintonia de vidas, uma idéia profana e eu me perdia em outra. O sofá parecia quente e pedinte, soltava raios ao sentar, o silêncio parecia confuso e real, tinha som quando não entendia, tinha fervura enquanto não sabia, tinha magia porquanto eu não queria, foi ai então que voei para fora, acendi um cigarro, e me cheguei numa tempestade de pensamentos floridos.

Na minha viajem, eu corria, rastejava, escalava, de forma que não existiam muros ou obstáculos que me segurassem, e então lá estava você, e por vezes não sabia o que procurava.

Um amor profundo que me faça suspirar, que me torne mais humana valorizando cada olhar, cada lágrima que singelamente expressa um sentimento intenso, profundo, verdadeiro, humanizando o humano que humanamente se perdeu, no mais profundo abismo de todo empirismo que nos norteia, que me incendeia na incessante busca de conhecer o desconhecido, de amar o irreal e de acreditar que irrefutavelmente somos meramente mortais.

Créditos:

Janaína / Sandro