DA JANELA DA VIDA

Debruçada na janela da vida
Olho, estarrecida, passar a dor
Da fome, do frio, da solidão
Da incompreensão, do desamor...
Vejo passar diante dos meus olhos
A adolescência perturbada
Por conta do vicio das drogas
Que entorpece a razão
E a faz tropeçar sem equilíbrio
Sem saber aonde ir...
E ainda vejo mãos bestificadas
Que anseiam por riquezas
De maneira fácil e farta
Extraídas do sangue que os alimenta.
Debruçada na janela da vida
Tendo imaginar o que fazer
Para que tantas aberrações
Não prossigam destruindo, aniquilando
Desconstruindo e desvalorizando
O ser humano que se deixa dominar
Porém, nem só de idéias
Constrói-se o mundo, ou se restitui
A PAZ.