[Estes Inúteis Resgates]
A vida urge... se estás nas estrelas,
não és para as minhas mãos,
és só para os meus sonhos então!
Ainda assim, eu tento...
A noite vigia os meus olhos
para que não durmam,
arregalo os olhos para o teto
busco uma solução.
E para meu espanto, só encontro
essa terrível desconstrução de mim,
o desfazimento do meu sonho:
você não virá mais!
Tento inúteis resgates de nós,
mas é em vão esse meu debater,
o teto não é bom conselheiro,
o teto é só o companheiro de solidão!
[Penas do Desterro, 25 de junho de 2005]