Conquistas Imaginárias

Hoje a falsidade antecipa-me

Viver sem crer no ser humano

Quero a morte sem compromisso

Para que tudo morra num instante

Movo as mãos: flor morta,

Movo os pés: terra seca

Movo os olhos: um céu repleto de tristeza.

Vivemos de encontros

Confrontos contrastantes

Na base insólita de conquistas

Imaginárias

O dia e a noite: desfecho universal

A vida nos dias e nas noites

Nas atitudes as concepções

Da sinceridade humana: nenhuma.

Natureza, tão bela fêmea

De cem medidas com mudanças

Sem

Ressentimentos

O homem gira na mão da prostituta

As lâmpadas escurecem

E o homem tem medo

Fala, brinca chora e lamenta

E morre na solidão de si mesmo.

Aprendi vivendo

Que poesia é vida

Mas sua vida é rima

E só se torna poética quando morre

Na minha língua um beijo sólido

O tempo passaria em mim sem despedida

Sem me deixar despedir.

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 11/04/2011
Código do texto: T2901745