O MUNDO NÃO PRECISA DE HERÓI

O mundo não precisa de herói

Assim é àquele que conhece seu destino

Também não busca prêmios nem medalhas

Esses vão e se gastam no tempo

Assim o vê aquele que luta de coração aberto.

Toma essa bala menina

E serás mais doce que o mel da abelha

Diz aquele que se aprimora no engano

E certo da aceitação outrora cultuada

Não se satisfaz com a negativa nunca ouvida.

E os fanfarrões sabedores da impunidade

Nem ligam para o mal que fazem às velhas surdas

E ludibriadores que são no palanque na praça montado

Fazem promessas decididos a nunca cumprí-las

E a plebe feito passarinho à espera do alimento

De boca aberta ouve as mais belas e encantadoras palavras

Porém findado o fartamente anunciado discurso

Constatou-se que se repetira como noutras vezes

E a decepção foi geral ao se verificar palavras já conhecidas.

Não vos enganem senhores sabichões

Blasonam aos quatro cantos certezas que não têm

Não duvidem da capacidade do povo se rebelar

E quem sabe cena já conhecida se repita

E na praça a realeza encontrará a guilhotina a muito preparada.

E chegado o dia por muitos esperado

O doce mel alimentará renovadas esperanças

E a criança há muito ignorada

Dará à praça nova vida e forças renovadas

E ai se poderá dormir em paz.